Catálogo Obras Raras - Ed. 2021

97 abolicionistas, poeta e professor em vários estabelecimentos de Belém. Estudou no seminário com total de aproveitamento, seguiu para Portugal em 1816 e matriculou – se na Universidade de Coimbra. Com a revolução que ali arrebentou em 1820, Patroni interrompeu os estudos e retornou a Belém, no mesmo ano, foi enviado à capital do reino como representante do Pará. Em audiência em 1821, com uma franqueza que encheu de assombro e escandalizou a corte, e perante o rei D. João VI, discursou sendo obrigado a interromper e retirar – se do espaço antes de concluí – lo. De Lisboa mesmo começou a fazer propaganda antes de concluí – lo. De Lisboa mesmo começou a fazer propaganda a favor da nossa independência. Associou – se aos irmãos Vasconcelos que partiram para Belém trazendo uma circular que redigira, na qual convidava os seus patrícios a seguirem o exemplo de Pernambuco, sendo distribuído para os paraenses mais distintos e por isso foram presos. Patroni foi denunciado como o principal agente da revolução premeditada, sendo decretada sua prisão assim que regressasse ao Pará. Mais tarde a ordem de prisão foi revogada e Patroni ganhou a liberdade. Resgatando a sua tipografia, (que estava no poder dos advogados) fez sair uma vez por semana o jornal a que deu o nome O Parense, no qual publicava artigos analisando severamente os atos da administração. Em consequência do discurso dirigido ao rei, Patroni foi preso em 1822 e levado para o Forte do Castelo. Mandado para Lisboa foi encacerrado na fortaleza de São Julião e perdoado após a proclamação da Independência do Brasil. Concluiu seus estudos em Coimbra, como bacharel em direito canônico, regressando ao Brasil foi exercer advocacia na antiga corte de São Sebastião do Rio de Janeiro, retornando a Belém em 1828. Em, 1829, toma posse no cargo de Juiz de Fora na comarca de Praia Gande, hoje Niterói. Foi eleito deputado geral pela sua província. Anos depois transferiu- se para Lisboa onde faleceu, sofrendo das faculdades mentais. Da vasta obra que escreveu, cita – se: Viagem pelas províncias brasileiras: Projeto de códiho remuneratório de Portugal; A Cartilha imperial e outras. Das inéditas: A vida de um homem; Celeste terrestre legitimidade. 616.9652 P397e PENALBER, Bianor Martins. Contribuição ao estudo de tratamento da filariose. Belém: A.G. Moreira, 1925. 26 p. These (cadeira de Therapeutica) – Faculdade de medicina do Pará. 981.15 P412i PENNA, Domingos Soares Ferreira. A Ilha do Marajó: relatório apresentado ao Exm. Snr. Dr. Francisco Maria Corrêa de Sá e Benevides, Presidente da Província do Pará. Pará: Typographia do Diário do Gram-Pará, [1875?]. 80 p. (Microfilmado) Nasceu em Minas Gerais em 1818. Estabeleceu-se no Pará, onde viveu por 30 anos, falecendo em Belém em 1888. Foi bibliotcário publico, professor, jornalista, geógrafo, etnólogo e arqueólogo. Dedicou – se a pesquisa arqueológica, sobretudo na ilha do Marajó. Coletou volumoso material e dessa atividade resultou a ideia da fundação de um museu em Belém. Em 1866, fundou uma Sociedade Filomática que em 1867 inagurava as suas coleções com a denominação de Museu Paraense. Esta iniciativa, que começou modestamente, tranformou – se num dos maiores centros de pesquisa de todo o mundo e o mais importante da faixa tropical. A glória de fundador do museu paraense não se ostenta na denominação deste museu, mas no jardim botânico se ergue um pedestal com a herma de Domingos Soares Ferreira Penna, homenagem do museu à memória do seu fundador.

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