MORAIS, Raimundo. Cosmorama. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1940. 148 p.

·, ,., · ·%, 133 (V,~~~- \\.tF;,c COSMORAM A tas de Inglaterra". A riqueza do seu vocabulario, a ~ ~;:.-•' construção castiça das frases, a plasticidade esté- tica do periodo, a galhardia ritmica do verbo, so~ noro e largo como a onda, dão-lhe tal beleza à forma, dificil de conquistar por oltltro gladiador da pena. Pois bem, este genio da Iingua, filólogo, gra– matico, orador, seguro de todas as palavras, de to– dos os modismos, de todos os dialetos, ele todas as regras, de todos os erros, não pôde deter, com o facho aceso de sua prosa, a separação do idioma, que se desliga na América da fonte materna com a força dos satelites dos astros oriundos. E' nesse documento !Chamado "Réplica", pa– drão de sabedoria, orgulho dum povo, simbolo da arte de falar pura e elegantemente, que se lê isto na pagina 35: "Mas, nas questões de linguagem tudo é o uso, e o uso se documenta com a escrita dos autores, que o estabeleceram ou registaram". Quer dizer, as fórmulas populares fazem a regra, criam a linguagem, estabelecem um português no Brasil que fere o sentimento do observador, obri– gando-o, como faz o ilustre professor Renato Men– donça, a registar o fenomeno.

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