Folha do Norte: Suplemento, Arte, Literatura - 1950

CONTO J História Do Navio Que O Dragão Come Sempre llUY COUTINHO Ruy Guilhon Coutinho. Paraense de Belém . 29 anos. ~olteiro, não podendo, pelas contingências do momento, responder sobre casamento. Os escritores Vão Gogo e Si• mão Bitar são os seus pre• ferido:; entre os nacionais. Menotti dei Píchi:J - menos o "Juca Mulato" . Entre os estrang-eiros prefere os es– critores Jorre Vedei e Leon Deguit e o poeta Eloard, sendo que na música encon– tra em Pucini a sua maior admiração. Considerando• se politicamente apartidâ– rio, é, porém, adepto da Paz Universal. $endo, entretan– to, inteiramente contra os cong-ressos pró-Paz a qual• quer preço . A respeit.o da bomba atômica, só roderia fa• lar sobre o ponto de vista técnico, o que deixa de fazer, yendo que não seria entendido pelos seus leitores, • Havia um navio que andava por mares descoohecldos, sozi– nho, sempre. AJg,~ns dias depois de ter deixado o porto, ninguém mal! dava noticia dele, e nenhum navio o encontrava mais, e por isso se d1zia que ele andava so– ~lnho sempre. Muitos meses passava ao lar– go, e de uma vez passou cinco anos. E quando voltava, aquele navilr; encontrava multa gente no porto à sua espera, porque trazia estranhas coisas de sua viagem, 1:,'i:.."'9.!!t;lt-:- ~la viagem de cin– co anos, trouxe ó '!<ISCO chelo de uma estranha espuma:- E o povo do cals dizia : "é um arco-r.:ls que ele traz ", e depois, "não, é um enorme diamante". Qu;.ndo c.!.e atracou, porém, disseram: "é a espwna, mas que estranha espu– ma•. E muitos quiseram tocà-la, maa a espuma se desfazia. .:,. be,n venlade, que wiUW não Jiâvia prrumna nenhtUlµl crfança, · e a primeira que se aptoximou fofuma menina e kvaram-na para ver· a espuma. Mas ela tu-. giu bororrlzada, dizendo: "Não, tem sangue, suja. Não, tem san– gue, suja•. Não, as crianças não gostavam daquele navio, nem das coisas, nem dos homens. daquele navio. Os homen! diziam que gostavam das crianças e se desmanchavam em lAgrimas quando alguém fa– lava em criança, porque eles de– ,;ejavam ver as crianças. Mas. eles não viam as crianças, nunca, Quando o navio deixava o por– to, os bomen:i respiravam novo ar e dlzlam: - Fo; um sonho? Sem dúvida um sonho mãu. Que não venha envenenar a nossa vida. Sem dúvida, aJguma colsa que se opõe à Vida. Muito estranho aquele navio, e estranha também era a sua equi– pagem. Todos os seus homens ti– nham a pele pãJlda como se nos mare! em que viajavam não hou- *** vesse sol. Poucos falavam com a gente de terra os que desem– barcavam, porque muitos passa– vam o tempo vagando pelo con– vés como fantasmas. Mas alguns desembarcavam. O capitão alto e sêco que fala– va com a gente como se fosse seus escravos, e dizia que não havia um navio como o seu. Per– guntaram-lhe uma vez, por onde andava o seu navio. Ele franziu a testa e respondeu: • Anda só sempre" . H. via também um marinheiro que fumava longos ci./?arros, e conversava sozinho como se esti– vesse bêbado. "Fala com os anjos•, diziam alguns . • Fala com o demônio•, diziam outros. Havia outro que bebia multo ~tê se f:7,'.llriagar. Passava en– tão a insultar i:ooo mundo. E .um outro que iDsul•!Wll toda · a equlpaaem quando ...1u1va, e Alz.la gu • ia ae .ma para N ,tngãl'. . Mas quando o nawo vol– tava para os mares 4esconhec1- dos, ele apanhava a sua roupa e o seu tabaco e sem que ninguém o houvesse convidado subia para bordo. Disse ele que o mar por onde andava o navio não tinha nada, e que não exJstla. Pots bem, faz dez anos que o navio não aparece. Mas semana passada aconteceu coisa muito estranha. Apareceu numa praia um grande e desco– nhecido pelxe. Foram os pesca– dores que o encontraram de ma– nhã. Pensavam que ele estivesse morto, e se aproximaram. Quan– do estavam bem perto, o peixe abriu a boca e soltou um fogo. Mas os pescadores que eram bons cristãos, fizeram o sinal da cruz. O peixe enUlo deu um salto e ,rJ. tou: - Eu não sou peixe, eu sou o dragão que come o navio, sem– J)re. E desapareceu no mar. POEl t .. \S DE MAX MARTINS i,;QEMA De súbito escrevo teu uome E sem a dôr pressentida e amarga Descubro a palavra que salta o muro (da memória?). Não .-:!onsta da Bíblla, do dicionário paterno Em nenhum&. cachaça, mas existe agora. Maior que o prazer. Maior que a preguiça Ou a memória do pai, Teu nr,me me nasce, à tarde, na rêde Melhor que meus sonhos. Três ano$ gastos de amôr, os noves fóra, Tanto sangue derramado No Comércio e nos versos E fora dos registros imprevisivel, senhores Encvntro o gesto imperecível Fóra da mala, senhoras. Não está no cais~ Brot.ou do teu ventre Lais. PEDREIRA' Agora a paisagem dissipa a doença o cachimbo se dilue em verdes esperancaa E bananeiras verdes Sob cacaueiros Maria embala. Montechios e Capuletos Agora De hora em hora tomo Drumond Sob prescrições divina• E a doença acab~ Se acaba o dia nos galhos secos Na tristeza das galinhas E as férias se escoam O canto do galo salva 0 3 meus sonhos. MUANA DA BEIRA DO RIO A velha matriz branca. De portas largas Sosinha na praça Olhando o rio sujo. Montaria dançando. Tal'de preguiçosa . Rua quieta. Jornal do prefeito Com santo na primeira página. E a usina bufando, bufando, Engolindo lenha. Na janela do posto do Correio Um cacbo de bananas balançando. ELE,GIA po.-s ou~ FICARAM A~otum<t : Da màquh:ía tncanaável · Vai num capto de dor fela casa enlutad~ Está toda fechada E ainda há vagando pela sala Um perfume suave De rosa machucada Mansamente No quintalejo o vento Balança A roupa preta no relento Sob a lampada triste (Tudo é triste neste lar vazio)' Num retrato sorri por entre flores Aquele que partiu Porém rodeando a mesa na varanda. Recordando os instantes que passaram Chora aquela que ficou Aqueles que ficaram. CONTO --------- DOCA MARIA HELENA BANDEIRA (Especial para a FOLHA DO NORTE) Maria Helena Bandeira. Paraense de Belém. Ro– mancistas preferidos: Eça de Queiroz, Machado de Assis e Gracialiano Ra– mos. Não deseja respon• der sobre as suas prefe• rências literárias quanto aos autoJ'es estrangeiros porque diz ainda precisar ler. e _ler muito. A moça consultou o relógio sus– pirando. Tudo era indiferente; o barulho da rua. o corre-corre dos últimos preparativos para o jan– tar, a acácia florida cobrindo o muro de cachos de ouro claro. Pensava, zangada: - Meu Deus, como é enjoado morar em pensão I Ter que atua– rar aquele antlpãtico seu Josué (que barba feia I ruiva, côr de fogo, credo 1) • A Stela, namora– deira, faz até vergonha; seu An– drade, "mosca morta", parece até que tem medo de falar, tanta gente sem graça I E ter que fazer cara alegre pra todos, concordar com a caduquice de dona Sinbã, francamente, esta minha vida 1 Da cozinha, um grito mistura• do com chiado de caçarola e do praguejar da cozinheira Inter– rompeu a descontente: - Doca I Vem ajudar, menina! Um friozinho· correu pela espi- nha da moça: , .,... Céus I Doca I Isto é nome 1 Caminhou deva,ar, corai:Jio e},resso, vontada imensa éle ch!)– rar. ApanJIOu ·N pratoa manem de louça ordlnãria cuma vergo– nha, pensão de segunda classe 1). Se eu tivesse um nome bonito 1 Hã tantos "fantãstlcos• 1 MarIe– ne, por exemplo. . . Eliana é ma– ravilhoso! Ellzabete... Li.nan.•• ,Ah se meu nome fosse ... - Doca I Não se esqueça de bo– tar o vidro de remédio junto do prato do seu Batista 1 - Sim, senhora 1 - Bote o jornal pro seu Joa- QUbn l - Sim senhora ! Ah se meu nome fosse Gilberta 1 Apanhou o vidro de remédio do seu Batista justamente no mo– mento em que ele chegava: - Boa tarde, menina Doca! Resmungou um boa tarde de mã vontade, respondendo com um aceno pouco entusiasmado a sau– dação da Stela, que chegava com a mãe. Lembrou-se do Augusto.•• Vi- rã boje? Se descobrir II verd&• de... No primeiro encontro, o rap~z fizera a pergunta intall– vel: -Como é o seu nomet · E ela, sem hesitar um momen– to: -Gilberu:. Se ele soubesse a verdade hu– milhante I Doca. . . quando não era Dica .•. ou Diquinha da pen– são... Horror I Horror I Desejou morrer. E ele dizia • Gilberta• tão bonito I Tinha um jeito todo especial para pronunciar o nome. "Você é linda, Gil-ber-ta • 1 Sen– tia-se feliz nesses momentos. Es– quecia a pensão, o nome horrlvel, transfigurava-se. lmagJnou-o di• ~endo Doca... "Você é linda, Doca". Da Doca pavoroso 1 • Gos• lo de você, Dica• 1 Credo I Nem tem graça! Ficou parada diante da mesa, olhando o jardim mal cuidado. Sentia-se longe do mundo, da• quele quadro tão familiar, dos acontecimentos de todo dia que 1e repetiam em er-d .nwno tn!>– notonta deHIIJ)eradora. Quis ima– ginar, por um momento, a vida que ae estendia além de uma casa de pensão. - Que é Isto, menina? Estâs louca? Hã uma hora que te .cba• mol Arre! Pa1·ece que vive no mundo da lua 1 Caminhou para a cozinha, onde dois candieiros deramavam uma luz vacilante. Esfregou os talhe– res com fúria , sem ouvir os res– mungos da cozinheira, que recla• mava o calor. Como num pesa• delo, o mesmo pensamento volta– va, teimoso: - Meu nome é Gllberta•.. GB– berta.•. Do céu, uma estrelinha piscou, num bondoso assentimento; ela varanda, a voz da mãe ~eVOll•ff num protesto lnconsci,;nte ~ - Doca I eh Docaf Belém, 1950. Mostrando o Interesse que vem Jespertando entre nós o Suple– inento Literário da FOLHA DO NORTE, J)resentemente em nova ta11e, e nosso redator recebeu a carta e notas, que abaixo tran.s• crevemos : DEZ POETAS PARAENSES Imagens (dir-se-iá que 1111 pata. · vras têm um som abafado) que não se encontram J)erfeitamente ajustadas àquilo que o poeta têm a dizer. Aliãs, o seu defeito pri• mordial, como se pode notar em "A derradeira endeilca para Edel• welss caindo•, é querer dizer muito para, no final, dber J)oê– Ucamente muito pouco. Ellsa lm• perfeição acha-se eliminada em "Breve apelo•, onde consegui11 controlar o 15eu estado emoclonaJ. através da . concisão do lingua– gem, até ao acl1ado final: Belém. 28 de dezembro de 1950. Dmo. Sr, Redator d.o Suple– toento Literário da FOLHA DO ~ORTE. - Nesta. t - De passagem por esta cidade, domingo último, quando foi pu– blicado no Suplemento Literãrio uma .antologia .de poemas de dez J)Oetas paraenses, que .li e achei multo interessante, tomo a liber– dade de mandar-lhe, juntamente ,com esta, algumas observações que essa leitura me sugeriu, Não tenho pretensões de fazer erltica e mesmo os mens &faze– res que são inúmeros não me deixam tempo para nedlc:ir-me ao trabalho contlnuo e severo que a Literatura exige. Mas pensei que seria bom mostrar, escre– vendo essas notas, a impressão que causou numa pessoa, que não vive radicada aqui, a coletânea organizada por v.s. Poderia di– rigir-lhe o que escrevi, em ca– rater particular; entretanto aten– dendo à mlssão que des<?mpe– nham os Suplementos Literãrios, que é de divulgação e eschucl– meotos, não hesito em pedir-lhe que receba minhas notas para dar-lhes publicidade no Suple– mento 011 ~té mesmo no corpo do ~orna!, Atencl::>.samente, ,IOÃO AFONSO .,. ••• Nunca a Esfinge formulou per,. gunta! que fossem mais d1flcel11 do que aos poemas do sr. Flo– riano .Jayme. Não é a dlficulda• de natural que 11e encontra dian– te de um verso cujo hermetismo reconhecido traduz algo que sen– timos e que não podemos expri– mir. Não é uma dificuldade poé• tlca, digamos assim; ela é uma dificuldade material. As pala– vras empregada;i são tão sur– preendentes como se em plena zona equatorial caisse umac bu– va de gêlo. São verdadeiros blocos que a aJavanca do pen– samento não consegue mover e que a alavanca do pensamento não consegue mover e ficamos a perguntar como o poeta ar,. ranjou para elas ficarem co– locadas de maneira propicia a causar tropeços noa que se aven– turam a trilha.r um caminho tão acidentado, Mas, de repente, esse poeta desconcertante, que pare• ce andar abaixado nas perfura: çlles que cavou no seu próprio 6'Ubconsciente, escreve um, dois, três e até quatro versos em que se sente a vida toda de um poe– ma, de um poema novo, que po. deria vir à luz, se pena mais htl.• bil e mais experiente estivesse preparada para arrancâ-lo do caos. Esses versos são uma des– coberta inconsciente. Vê-se Jsso pelos que o precedem e pelos que o seguem, E como puro movi• mento de mcon1ciente tem ape- nas um•valor circunstancial, Tome-se como exemplo o fJnal do seu poema "Palavras a Llcla": A tua fonte Lfcla me mostra ~ (reino das palavras que me fazem conhecer o Jn- , [dizível Deixa agora Llcla que eu mor– [ra em acalanto e me deite sobre a precisão das [porcelanas. Esses versos constituem uma aparição Inesperada. O melhor da poesia do sr. Floriano Jay,, me é feita destes corpos estra– nhos, destas constatações de uma realidade profundamente poética, que escapa ao ritmo normal da sua poesia. Nele a poesia ainda é uma nota!;ão do inconsciente - uma espécie de gráfico descriti– vo, de estados sonambúhcos e de leitura multlssimo complicada, como a de um gráfico dessa es– pécie. A primeira impressão que ,;e tem dessa poesia é que ela é apenas mlstificação. Primeira– mente, fica-se a pensar, que. seja um logro armado para o leitor. Mas, a densidade poética de cer– tos versos, que caem na nossa ad– miração, faz crer que é o poeta· o mtstificador e o mistificado, dado o contraste entre as excepções e a regra geral. Parece-me que ele está possuído pela necessidade louca de encontrar a poesia, seja a que preço fôr, mesmo com sa– crtficio da própria poesia. O 'J)Oeta não é como o selvsgem de Rousseau. Ele não vive em estado de natureza, porque a na– \ureza com que ele trata, não é esta que nos cerca. As invoca- . ções, os vocativos que quaJquer um de nós atirasse ao Sol, espe– r.ando que ele nos devolvesse ver– sos, não constituem poesia. A euforia que uma pessoa extrema– mente .senslvel possa gozar dian– te de um espetáculo de grande beleza, não passa de um estado de espirito, favorãvel, é certo, a que lindos poemas tomem a sua a natureza que ele educou · me- 01ante um processo continuo de trocas entre a realidade objetiva e a subjetiva, até conseguir sub– jugã-la num campo seu, onde ela se manifesta de modo a ser cap– tada de maneira poética, - nem completamente objetiva, n e m completamente subjetiva, mas uma fusão orgânica de duas rea– lidades - Jsto é, sJmbólica, As• sim o poeta cria um mundo que é seu, cuja base entológlca é a palavra que fundiu dois mundos aparentemente J n c ompatlveis. Mas aqui não se trata da J)ala– vra pura e simples e sim da pa• lavra referida a uma "vivência•, da palavra que serve para levar a outra pessoa a ressonância de uma Impressão das coisas que só ao poeta foi dado viver na inti• midade misteriosa do ato criador. O sr. Mãrio Faustino J)arece ter encontrado o seu mundo parti– cular, mas é fora de dúvida que não tomou as devidas providên• elas para nele ,se flxar em cara– ter definitivo. :e, segundo os da• do.11 blográíl~, um lt.lPa:rJ clt a_penas vinte anos que, para sur– :presa nossa, pôde dispor de uma ~cnlca que 011 bons poetas só U1!am aos quarenta. Dai a razão por que cona,eguiu revalorizar, Imprimindo um cunho pessoalis– •~o de tratamento, dota temu que foram a consagração de mui– tos poetas notáveis e a tãbua de salvação de um sem núme, ro de medlocres: o Anjo e a ~o!a. Essa maestria no trata– mento poético, a posse em que ele ,se encontra dos segredos da técnica poética, são as suas pe– rigosas virtudes. Porque o vir– tuosismo é uma qualidade ab– sorvente, que o J)Oéta que a de– tém, pensa poder criar unica– mente às suas espensa! e, em · consequência, opera-se uma con– fusão de conceitos - entre técni• ca e substância poética - em virtude da qual a primeira é tida como equivalente da segunda, Dai dizermos que o seu unJverso poético é vacilante, Vacila sob o J)eSO duma grande beleza ain– da não inteiramente possufda, Uma beleza insincera, que ele captou por melo de sua técnica, de sua habilidade para o verso e que não encontra uma base es– piritual - enfim, uma beleza sem mundo, que tem apenas a vida que lhe dã o poder mãg!co da p,a• lavra. Esse poder mágico da Pll• lavra o sr. Haroldo Maranhão procurou alcançar, sem conse• guJr, A 1111a canção "Enlevo• ê uma tentativa feliz ne.sse senti• do. Mas bâ nela um encadea– mento artlficJal • mecAllico da;t Nossa memória: o azul ama– (nbecendo. O que se chama de achado em i,oesla, não é sempre, a meu ver. pura obra do acaso. Este fenG-·~ meno estã condicionado A con•,j qulsta do espfdto poético e se d;t 1 quando o poeta entra na ·possff das suas imagens e dos se~ sfm•; bolos. A partir desse moment<l ele se locomove com mala faci1 lidade entre as coisas que desco– briu e que fez suas - parte d.sl sua personalidade. E então, qualJI quer achado serã como que mna; reminiscência das idéias supre.. mas que presidem a todo traba lho de seu espfrito. Serã, numa! interpretação platônica, um de.s dobramento dos modelos 1dea que ,uarda na Intimidade de su vtsllo particular da emstência. achado• puramente casuais nll representam uma conquista defl nltiva na vida do poeta. :i o qu. nos 11ugere a poesia do er. Be-' dito Nunes. Aqui e all ame~ tro achado, (em •Mar•, ' exemplo) que ele nllo 11oube .(ConUnua na 2. 1 Páf r)

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