A Provincia do Pará de 02 de março de 1947

DEZ PAGINAS PREÇO : Cr$ 0,50 FtH!DADOR : l ~O LXXI BEL'f:M-PARA - DOMINGO, 2 DE MARÇO DE 1947 N. 14.781 VERDADEIRO CAMPO DE-GUER • • Oi ~ ge-se ao povo hrasi • NÃO HAVERA' FORTALEZA e1ro QUE PROTEJA os INGLESES Os cegos lerão jornais o Ca • Ia NÃO APROVEITARA' AS SOB A~ l PA.RTIDO MAJORITARIO ' INCONSTITUCIONAL A LEI QUE TAL AUTORIZA, DIZ O SR. MANGABEIRA JIIQ, 1 06.eridional'o - - Em en– tzevisla • am matutino, o sr. João Mangabeira, considerado um dos maiores juristas do pais, demos– tra que o sistema de atribuição rl.os restos dos quocientes eleitorais ..o partido majoritario, constitue uma pratica irremediavelmente in ronst1tucional, não devendo por– t ·· nto Ol!I tribunais eleitorais pros– : ~uirem na sua aplicação, cum– r 'ndo-lhes pelo contrário, efetuar • acordo com ta! critério ilegal: p .·cvisão dos resultados até agora O sr. Mangabeira depois de fazer ga explanação da materia, basea– do em várias const.ituições e emi– n'!ntes constitucionalistas estran– E;eiros, disse: "A lei de aproveitar , 1bra1 para " partido majoritarlo " absolutamente Inconstitucional, porqne destroe, e desconhece uma g-1rantia. assegurada .pela constl- AVAN CA. M AS LAVAS n o ETNA Estado de emergencia na aldeias vizinhas do vulcão tuição aos partidos palitic06 na– cionais. O dever do Tribunal é cumprir a Constituição em sua finalidade, em sua substancia e em sua. pureza. EMPOSSARA' SEIS DEPUTADOS ELEITOS PORTO ALEGRE, 1 (Meridional) - O desembargador Erasto Roxo, presidente do Tribunal Regional Eleitora!, declarou à reportagem d& Meridional que na segunda-feira em– possará seis deputados elelto1 pelas sobras de votos, a despeito da deci– são ao Tribunal Superior Eleitoral, se nilo receber antes comunicação oficial dessa decisão. O presidente Erasto Roxo falou contestando o procurador e decla– rando que aa lnatruções nlo toram explicitas e não justificavam a me• dlda pleiteada ·pelo procurador. Acrescentou que o Tribunal Regio– nal Eleitoral somente conheceria da decisão do Tribunal Superior Eleito– ral sobre mandado de segurança me– diante documento oficial e embora merecessem toda a confiança os des– pachos da Meridional tratava-se de documento particular. O sr. Lou– renço Prunes criticou a sentença do Tribunal Superior Eleitoral, lnv(>– cando o artigo 101 da Lei Eleitoral e declarando que simples lnatruçõea não tinham :torça de alterar o texto de lei em plena vtgencla. Além disso, a Lei Eleitoral estipula taxativa– mente que todo candidato eleito exerce a plenitude de seus direitos increntes ao posto, Independente de recursos ou eleições suplementares. Finalmente, por unanimidade o Tribunal Regional Eleitoral negou provimento ao recurso do procura– dor, sendo dlplomadoa oa llll candl– dat.ru .. • aime B. Ca~-=-ara Uma analise do nossomeio soei epolitico Desigual~ades chocantes da vida economica: de um lado o esbanja~ mento, de outro a miséria - Ganancia de Cambio negro - Vícios publico apitai Rio, 1 (Meridional) - Dirigiu-se, ao povo bra– sileiro, o cardeal d. Jaime Câmara, em palavras sinceras e enérgicas de análise do nosso meio so– cial e político. Ao divulgar a Sétima Carta Pastoral, d. Jaime Câma.ra mais uma vez alertou a consciência ca• tólica na.cional dos perigos que ameaçam nossas Instituições, nessa luta entre o mater1al1smo e crill• tlanismo que é a suprema. realtdade dos dias que passam. Na impossibilidade de divulgar, na int,egra, esse documento destinado à mais larga repercussão nas massas dos fiéis, passamos. a destacar os ca– pítulos que nos parecera.m mais interessant,es, NA SOCIEDADE MODERNA Se no capitulo da familia já. denunciamos o ambiente social, nem por isso eist.amos dispensàdo de apontar aqui as grandes chagas da sociedade contemporânea. Investiguemos: qual o mais trist,e de noseos males sociais ? Em suas várias cama.das hodiernas rebentam pustulas de todos os gráus de malignidade: Na or– dem económica: o fenômeno do proletariado e o cambio negro; - na ordem familiar: infanticidios e limitação da natalidade, crise de fidelidade e de establl1dade dos lares; - na ordem política: confusão em_ tôrno de liberdade e democracia, choques de inreresse que ameaçam a paz do mun– do; - na ordem cultural: inversão de valores no dominio do conhecimento, hipertrofia da técnica; - na ordem rellgiosa: munismo ateu e burgue• sia materialísta, além da. mediocridade cristã. Qual desses domlnio~ estar! mals afetado pela crise contemporànea ? Em face de problemas tão complexos não será utopia prerender-se curar as enfermidades de nos– so melo social ? Se mair. detide.ment,e· nos puser– mos a verificar-lhe as causas da morbidez, che– garFmos à conclusão de que há multa repa.ração poss1vel a desenvolver na sociedade. Deparamos, é certo, com desigualdades cho– canres na vida econômica: de um lado o esbanja– mento, de outro a miséria; não se pode negar a existência do tnfame cambio negro, praticado sabe Deus em que extensão com apoio de quem; las– timavelmente_ é desmedida. a ganancia. que mane– ja o capital, como, por exemplo, no problema de habitação para as classes média e pobre... Tudo isso é detestavel. Mas a grande crise, a verdadei– ra, a que explica todas as outras, é a espiritual. Eis a razão de vos rogarmos, prezadissfmos diocesanos, com todas as fôrças de nossa alma, a volta para Deus. Não continueis nesse afasta– mento de Deus. "Podem milhões de almas - lembra. o Santo Padre Pio XII - azafamar-se ao longo das ruas daa grandes cidades, a.bsorvidas em seus próprios negócios, prazeres ou tristezas, sem jamais terim um pensamento para Deus. Contudo, o único Deus verdadeiro não deixa por !ISO de ser menos real: é Ele qúem sustenta todas essas ·a1mas em sua existência". (Aos Congressistas de Boston), (Contfn6a 1111, d6clma página) SOB NOVA 0NDA DE VIOLENCIAS TO– DA A TERRA SANTA - LEI MARCIAL MOSCOU, 1 IR) - Trts cientistas 11ovlétlco,,. criaram um microscoplo que pode ob• 1ervar melhor os processos patologlcos. fornecendo &oo ~umentos. Outra descoberta noté.vel acaba de ser anu11- dada pela aca.demlr. de clen• ela da Ucranla, a qur.1 diz ter construido um aparelho com• posto de certos roto-elementos ,en31tlvos, o qual permh;e q U<!! , os cegos leiam livros e jornais JERUSAL,EM, 1 <Reuters) Depois de um dia de atividades terrori1Jtas generalizadas. a orga– nizaçllo clandestina Judaica. "Ir– ·gum Svài", distribuiu à Impren– sa às ultimas horas de hoje, um comunicado em que declara: "Isto é ó começo da guerra" . "Não haverá fortaleza capaz .de proteger os soldados brltanicos contra os nossos soldados. Anun– ciou-se em carater oficial que · o governo da Palestina fará impor– tante declaração. LEI MARCIAL JERUSALEM, 1 (Reut.ers) Revelou um porta voz do gover– no, que a. importante declaracão anunciada. pelo governo da Pa– lestina somente será divulgada depois das 8 horas, tempo loca.!,_ isto é 6 hora.s GMT. Segundo se acredita isso significa que será imPosta a lei marcial em· toda · a zona judaica, afetando aproxi– madamente tres quartas partes da população Israelita do país. NOVA ONDA DE VIOLENCIA JERUSALEM:, 14 (A. P . ) - Dezenove Pessoas foram mortas numa nova onda de violencias na qual o Clube dos Oficiais Brlta– nicos em Jerusalem foi destruído, um campo do éxerclto atacado, e as instalações navais foram pe– los ares. Com referencia. à t,re– menda explosão ocorrida · nesta cidade, 16 pessoas morreram, e os circulos oficiais vêm nas medi– das impostas um passo PI o estabe leclmento da lei m11-rcial. Um ca– bo do exercito morreu e dois sol– dados foram feridos. Quando os dados fora.m feridos, quando os atacantes do ·campo mllttar abri– ram fogo com metralhadoras · e morteiros, às proximidades de Na.thanla, entre Haifa e Tel-A– Viv, na. costa da. Pa.lestina. Duas pessoa.s foràm mortas e dua.s fe– ridas qua.ndo um "jeep" foi pelos ares numa. estrada de Haifa. O comandante do exercito brite.nico na Palestina, G. H. A; Mac– millan, seguiu hoje ,num carro de combate para a residencie. de Gir Ctinnln~ham, alto comlsse.r!o. Presume-i;e que os dois mais altos representantes da Grã Bre– tanha na Palestina realizem uma conferencia de emergencla. A DUNQUERQUE JUDAICA de Impressão comum, ------- ------- -- E X lJ L T A A F RAN ~ l INTE I R A Depois de amanhã, em Dunquerque, a assina• tura da aliança com a Inglaterra JERUSJ'.LEM, 1 <R) - A corpo– ração de defesa judaica Haganah, Informou hoje que existe um ·mo– vimento subterraneo responsável pela organização de .imigração !le– ga~ judaica, da Eüropa. pa.ra a Pa– lestina. Essa corporação que con– ta com ·ao mil membros, acrescen– tou: "Trata-se_ da Dunquerque Judaica. :Nem as restrições, nem a policia bem como forças militares, nem qualquer declaração de Be– '\Tln, deterá essa operação em lar– ga escal&. levada a efeito pela Ha– ganah ". Essas _declarações se en– contram em milhões <ie panfletos distribuldos hoje em Tel-a.-Vlv. Além d i s s o essa. corporação DUNQUERQUE, · 1 1 R) - ('9 confessa que armou numerosos alegres habitantes desta devs,_sta.• navios que · estão transport11.ndo da e -histórica cidade de Dun• imigrantes para a Palestina, fri- 1 querque preparam-se- para. a as• zando: "Faremos os maiores ~~- sinatura do tratado de allança. crificios em prol da imigração • entre a França e a Grã-Breta• VIOLENTA EXPLOSAO nha. A cerimônia terá lugar na. próxima terça-feira no edificlo JERUSALEM, 1 <AP) - Violen- da Prefeitura.. A cidade está co• ta. explosão abalou Jeruse.lem, às berta. de neve, e mesmo assin1. as 15,15 _ horas. O moderno terroris- donas de casa enfeitam sua,; ·re• mQ pouco se importou com O dia sldências com bandeiras da Fran• desabado, sagrado na Terra San- ta. Tiroteios foram _ouvidos na - A. ça e Grã-Bretanha., as mesmas cá_. continua.rido por multas ho- que tremularam durante a llber.. ras. As sirenes de alarme soaram tação. E' tarefa dlficllima en.. em breve, e em· todas 9:s cidades contrar caminho através da cl• o trafegc, está paralizaao. A ex- dade em ruia.nas e s6 com o au• plosão e os tlroteis parecem ter _ . • ocorrido na direção da. estação de xillo de alguem pode-se chegat' policia de ·Mustapha, ao ponto que se deseja. Uma do.. na de casa declarou com grande RESPONSAVEL O SIONISMO emoção: "Será um grande dh LONDRES, 1 (R) - "A Ingla– terra não podia fazer outra coisa senão entrega.r a questão da Pa• . ... ·· -•·- -· __ ....... ... . para a nossa cidade. Perdi meu marido e meu irmão na primeira. guerra mundial, e meu filho nes- t.11.. ~ n t.ra.buin tie1 oliav.u•a • ...,,+.,...

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0